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Metade dos adolescentes e jovens sentiu necessidade de pedir ajuda em relação à saúde mental recentemente, mostra enquete do UNICEF com a Viração

Levantamento online com mais de 7,7 mil adolescentes e jovens revela, também, que muitos não pedem ajuda ou não conhecem serviços dedicados a esse apoio.

Cuidar da saúde mental de meninas e meninos é urgente. Uma enquete com mais de 7,7 mil adolescentes e jovens de todo o Brasil mostra que, recentemente, metade sentiu necessidade de pedir ajuda sobre saúde mental. Realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela organização da sociedade civil Viração Educomunicação, o levantamento online mostra, também, que 50% dos respondentes não conheciam serviços ou profissionais dedicados a apoiar adolescentes na área da saúde mental.

Neste momento em que o País começa a retomar a rotina, com a melhora da pandemia de covid-19, a saúde mental de adolescentes e jovens continua sendo uma preocupação. Quando questionados sobre o sentimento que melhor descreveria como estavam se sentindo nos últimos dias, 35% dos adolescentes e jovens que responderam à enquete disseram “ansiosas(os)”. Além disso, 14% se disseram “felizes”; 11%, “preocupadas(os) consigo”; 9%, “indiferentes”; e 8%, “deprimidas(os)”.

Entre todos os respondentes, metade diz que sentiu necessidade de pedir ajuda em relação à saúde mental, mas 40% deles não recorreram a ninguém. Outros 20% buscaram amigas(os); 15%, psicólogas(os) ou psiquiatras; 11% recorreram à família e 8%, a namoradas(os). Somente 2% procuraram professores e outros 2%, profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde.

Entre os motivos destacados por aqueles que não buscaram ajuda, estão a insegurança (29%), a desistência de buscar ajuda (26%), o medo de julgamento (17%), ou a falta de informação sobre quem procurar (10%).

Apenas metade dos respondentes conhecia serviços ou profissionais dedicados a apoiar adolescentes na área da saúde mental. Entre quem conhecia, o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) apareceu como o principal local (38%), seguido por Centro de Atenção Psicossocial (Caps) (20%) e escola (17%).

“Os resultados mostram que é fundamental que famílias e profissionais que trabalham com adolescentes ampliem suas habilidades para fazer uma escuta qualificada e sem julgamentos, promover o acolhimento e encaminhar adolescentes para os serviços adequados disponíveis. Essas são as primeiras pessoas de confiança buscadas por adolescentes e jovens em temas de saúde mental, mas é essencial que eles conheçam os fluxos de atendimento psicossocial em seus municípios, saber a quem buscar e aonde ir. É importante que os municípios estejam preparados para receber essas demandas intersetorialmente”, explica Gabriela Mora, oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil.

“Muitas vezes fala-se sobre a juventude e os desafios enfrentados nessa fase sem que adolescentes e jovens sejam convidados a participar do debate. É preciso construir espaços que possibilitem a escuta ativa desses sujeitos. Somente dessa forma seremos capazes de superar os estigmas em relação à saúde mental e planejar ações realmente assertivas para a criação de redes de apoio. O U-Report Brasil é um exemplo de espaço de escuta e de incentivo à participação cidadã de adolescentes e jovens na discussão sobre seus próprios direitos, entre eles a saúde mental”, afirmam Jéssica Rezende e Juliane Cruz, analistas de projeto na Viração e responsáveis pela implementação do U-Report no Brasil.

Sobre a enquete
A enquete, com maior participação de adolescentes entre 15 e 19 anos, foi realizada de 17 a 23 de maio por meio da plataforma U-Report. As enquetes do U-Report Brasil são realizadas virtualmente pelo WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger, por meio de um chatbot. O projeto é desenvolvido pelo UNICEF em parceria com a Viração Educomunicação. Não se trata de pesquisas com rigor metodológico, mas de consultas rápidas por meio de redes sociais entre pessoas, principalmente adolescentes e jovens, que se cadastram na plataforma. Esta enquete apresenta a opinião de mais de 7,7 mil adolescentes até 19 anos e não pode ser generalizada para a população brasileira como um todo. Confira todos os dados aqui.

Onde pedir ajuda?
Para apoiar adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, o UNICEF conta com um canal de ajuda em saúde mental virtual, o Pode Falar. A plataforma já recebeu mais de 36,6 mil acessos desde que foi lançada em fevereiro de 2021. A iniciativa nasceu da parceria do UNICEF com organizações da sociedade civil e empresas com expertise em tecnologia, e funciona de forma anônima e gratuita por meio de um chatbot batizado de Ariel por adolescentes, acessado pelo site podefalar.org.br ou pelo WhatsApp (61) 9660 8843.

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