O Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister é atualmente considerada uma técnica tanto projetiva quanto expressiva ou de desempenho de avaliação da personalidade. Criada na década de 1950 pelo suíço Max Pfister, foi baseada na relação entre cores e emoções, utilizando a forma de uma pirâmide para possibilitar a composição de variadas configurações. Seu objetivo é propiciar uma análise da dinâmica afetiva-emocional do indivíduo, permitindo também inferir sobre suas habilidades cognitivas e tendências de comportamento, relacionadas à maneira como ele lida com as emoções.
Fernando de Villemor Amaral, pioneiro da técnica de Pfister no Brasil, publicou o primeiro manual brasileiro em 1966 e revisou a obra em 1978. Sua filha, Anna Elisa de Villemor-Amaral, seguiu seu legado e deu continuidade às pesquisas com a técnica, publicando os manuais para adultos (2005) e para crianças e adolescentes (2014).
O atual manual do Teste das Pirâmides Coloridas (TPC) integra as versões anteriores, reúne as principais pesquisas realizadas nos últimos dez anos em todas as regiões do Brasil e atualiza os estudos psicométricos mais recentes sobre normatização e validade, além de apresentar a versão informatizada (TPC-i) como alternativa à versão tradicional.
Os estudos realizados mostram que o Pfister é bastante válido na identificação dos quadros de depressão, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno somatoforme e transtorno do pânico.
Contém:
01 Manual
25 folhas de respostas (protocolos)
01 Conjunto de quadrículos
03 Cartelas de base
01 Tabela de cores (24 matrizes)
Público-alvo
É destinado a avaliar crianças, adolescentes, adultos e idosos, com normas para ao menos um tipo de aplicação em todas as faixas etárias de 6 a 83 anos.
Versão Tradicional: entre 6 e 14 anos de idade e entre 18 e 83 anos.
Versão informatizada: entre 6 e 11 anos de idade e entre 13 e 83 anos.
Contexto
Clínico, Jurídico, Organizacional e Trânsito.
Aplicação
A aplicação pode ser feita em sua versão tradicional (ou seja, a partir do seu material físico), ou informatizada (por meio de um computador ou tablet com acesso à internet). Em ambos os modos, a aplicação leva cerca de 15 a 20 minutos, não havendo limite de tempo para completar a tarefa. A tarefa consiste em preencher esquemas de pirâmides com quadrículos coloridos e posteriormente responder a algumas perguntas sobre as pirâmides montadas.
Correção e interpretação
A versão tradicional pode ser corrigida manualmente ou por meio de plataforma digital de correção informatizada, que dispensa ao avaliador parte do processo de codificação.
Para a aplicação informatizada, o processo de cálculos e comparações é automático após a aplicação, demandando que o avaliador insira apenas os dados que requerem sua análise clínica.
A classificação e a interpretação dos dados são feitas de acordo com os critérios descritos no manual. Para as comparações normativas, deve-se utilizar os parâmetros das tabelas equivalentes à faixa etária do indivíduo avaliado e ao tipo de aplicação (quando em crianças e adolescentes).
Padronização:
Anna Elisa de Villemor-Amaral
Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981), com mestrado (1990) e doutorado (1996) em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM), tendo desenvolvido suas teses na área de Disturbios da Comunicação e da Avaliação Psicológica por meio de métodos projetivos, no contexto de saúde, atendimento hospitalare psicossomática. Fez pós-doutorado na Universidade da Savoia na França em 2003, trabalhando na perspectiva da Psicopatologia Fenômeno-estrutural. Psicóloga clínica com atuação em Psicanálise e Psicodiagnóstico. Foi membro do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise e fez diversos cursos de aperfeiçoamento em psicodiagnóstico. Atualmente é Professora Associada Doutora do Programa de Pós-Graduação Strico Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco e líder do grupo de pesquisa Avaliação Psicológica em Saude Mental. É também professora da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desenvolve pesquisas na área de Psicologia da saúde e psicopatologia com Métodos Projetivos, especialmente o Rorschach, Pfister e Zulliger, sendo Bolsista Produtividade CNPq. Presidiu a Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos no período de 2002 a 2006 e hoje é membro de seu conselho consultivo. Foi coordenadora do GT de Métodos Projetivos da ANPEPP de 2008 a 2012. Membro da International Rorschach Society e da Society for Personality Assessment.
Tempo de Aplicação De 15 a 20 minutos
Restrito à Psicólogos Sim